19 de set. de 2010

Programas ambientais na América Latina receberão aporte financeiro

A Corporação Andina de Fomento (CAF) ampliou para US$ 2,3 bilhões sua bolsa de crédito para programas ambientais destinados ao cuidado e recuperação da América Latina, informaram fontes do órgão à agência de notícias Efe nesta quarta-feira.

A soma "representa 23% do montante de créditos" da instituição, formada por 18 países da América Latina, do Caribe e da Europa, e por 14 bancos privados, disse o vice-presidente para Desenvolvimento Social e Ambiental da CAF, José Carrera, em fórum encerrado em Brasília.

Carrera aproveitou a ocasião para elogiar o Brasil. "Contra a tendência geral, o país transitou por um caminho diferente e alcançou conquistas importantes na redução da taxa anual de desmatamento, que caiu de 2,7 milhões de hectares, em 2004, para 740 mil hectares, em 2009".

O dirigente da CAF disse que o resultado é fruto de diversos programas aplicados pelo país, que por um lado permitem conhecer em tempo real o avanço do desmatamento, e por outro castigam de forma severa os responsáveis pela poda ilegal.

"O exemplo brasileiro é muito interessante, porque mostra à região que é possível conciliar o desenvolvimento com o cuidado e o respeito à natureza", indicou Carrera à Efe.

COOPERAÇÃO

O executivo da CAF informou ainda que o Brasil se ofereceu para cooperar com o resto da América Latina em planos similares, além de compartilhar as informações que obtém sobre a região amazônica através de seus sistemas de vigilância por satélite.

Carrera explicou que o organismo também desenvolveu o programa Geosur, uma rede de informação geográfica atualizada da América Latina, que ajuda no planejamento e desenvolvimento de ações de infraestrutura, além de outras relacionadas com o social e o meio ambiental.

"O enfoque da CAF é pragmático na busca de resultados", disse Carrera, que indicou que a visão do organismo em relação ao meio ambiente é "integral" e vincula a preservação aos avanços sociais e econômicos.

De acordo com o dirigente, é preciso entender que o progresso da região não supõe descuido na preservação do meio ambiente, já que os dois elementos podem estar associados, desde que sejam administrados da maneira correta.

Segundo dados das Nações Unidas apresentados no seminário, a superfície de florestas na Ásia Central aumentou 3,8 milhões de hectares entre 2000 e 2005, enquanto, no mesmo período, houve redução de 4,7 milhões de hectares na América Latina, o que representa "a mais alta taxa de desmatamento do mundo".
Fonte:EFE

Estrada atropela maior lago subterrâneo do Brasil, na Bahia


A pavimentação de uma estrada no sudoeste da Bahia atropelou, literalmente, a caverna que abriga o maior lago subterrâneo do Brasil.

O estrago foi verificado por um espeleólogo e motivou a visita de uma equipe do Instituto Chico Mendes ao local na última sexta-feira.

O órgão, agora, quer descobrir se o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) errou na concessão da licença de um trecho da obra da rodovia BR-135 ou se o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) faz o trabalho num trecho não licenciado.
Vista do sistema de cavernas que abriga o lago subterrâneo no sudoeste baiano; espeleólogos relatam queda de pedras.

A vítima principal é o Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério, caverna que abriga o lago de 13.860 m2.

A gruta integra o sistema de cavernas João Rodrigues, no carste (formação de rocha calcária caracterizada por cavernas, que lembra um queijo suíço) de São Desidério, município baiano na fronteira da expansão da soja.

Segundo Alexandre Lobo, do Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, há mais de uma centena de cavernas na região. Três dezenas delas são consideradas "expressivas" e deveriam estar protegidas. O Instituto Chico Mendes tem planos de criar uma unidade de conservação ali.

ALTERNATIVA

Em 2008, Lobo integrou uma equipe que mapeou as grutas na região de influência da BR-135. O objetivo era sugerir um traçado alternativo para a obra de pavimentação da estrada, justamente para desviá-la do carste.

No mês passado, o espeleólogo foi a São Desidério fazer fotos do lago subterrâneo. "Deparei com desmatamento e terraplenagem e as obras em curso", conta.

"No ponto onde o conduto [teto da caverna] é mais alto, sobre o lago, vi que havia blocos de rocha caídos recentemente", continua Lobo. "Há dolinas [buracos naturais na rocha calcária] entupidas, tudo isso resultado das máquinas que trabalham no local."

A estrada, é verdade, já passava por cima da caverna. Como era uma estrada de terra, porém, o trânsito local era pequeno. Quando o Dnit pediu a licença para pavimentar a estrada, que será usada para escoar a produção agrícola da região, o Ibama aproveitou para corrigir o traçado do trecho problemático.

Segundo o Dnit, 19 km dos 60 km da obra não receberam licença por decisão do Ibama. A obra continuou no restante. Em maio deste ano, o órgão autorizou que o asfaltamento prosseguisse por mais 14 km de estrada.

O Dnit afirmou à Folha, por meio de sua assessoria de imprensa, que a obra em curso se limita ao trecho autorizado. Os outros 5 km embargados, que segundo o departamento corresponderiam "à caverna", continuariam parados, à espera da conclusão do estudo sobre o desvio.

Lobo contesta o Dnit. Ele diz que há obras ocorrendo exatamente sobre a caverna.

"Inspecionamos a obra. Ela está ocorrendo", diz o gerente do Ibama em Barreiras, Zenildo Soares. "Falta definir as coordenadas do local onde ela foi impedida."

O espeleólogo Jussykledson de Souza, que mora em São Desidério, acompanhou na sexta a equipe do Instituto Chico Mendes que foi vistoriar o local. "O teto da caverna está caindo. Vimos blocos caírem", afirmou.

"Ter ou não ter licença só agrava a situação. O que nos preocupa é a integridade do sistema", disse Jocy Cruz, chefe do Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), do Instituto Chico Mendes.
Fonte: Folha de São Paulo

11 de set. de 2010

Aquecimento reduz neve do monte onde teria parado a arca de Noé


As neves eternas do lendário monte Ararat, no leste da Turquia, perderam 30% de sua superfície em três décadas, declarou nesta quarta-feira à AFP o geólogo Mehmet Akif Sarikayaun, que pesquisou a respeito.

"Utilizamos imagens de satélites para analisar a resposta do gelo no topo do monte Ararat ao aquecimento global. Descobrimos que havia perdido 30% de sua superfície entre 1976 e 2008", indicou o cientista, cujo estudo ainda não foi publicado.

"A superfície das neves eternas passou de 8 km2 em 1976 para 5,5 km2 em 2008, o que significa uma redução de aproximadamente sete hectares por ano", explicou Mehmet Akif Sarikayaun, professor da universidade Fatih de Istambul e pesquisador da universidade americana de Omaha.

Em três décadas, as neves eternas do monte Ararat, no leste da Turquia, perderam 30% de sua superfície

De acordo com o geólogo, as mudanças climáticas são a causa mais provável do degelo, e pode ameaçar a existência das neves eternas do monte a longo prazo.

Sarikayaun indicou ainda que a "temperatura aumentou 0,03 graus por ano" na área durante o período estudado. Entretanto, não descartou que outros fatores tenham influenciado no degelo.

O pesquisador reconheceu que não tem elementos para determinar se as causas do aquecimento local estão ligadas ou não ao fenômeno do aquecimento global.

Religiões como o judaísmo e o cristianismo acreditam que o monte Ararat (5.137 metros) é o local onde a arca de Noé parou depois do dilúvio universal narrado no Antigo Testamento.
Fonte: France Presse

Mudança climática deve aumentar mortes por desastres naturais


Desastres naturais têm causado menos mortes, mas a mudança climática deve interferir nestas estatísticas ao provocar condições mais extremas do clima, e que deixam sequelas posteriores como doenças e má nutrição, dizem especialistas.

Temperaturas elevadas podem agravar os desastres, tanto quanto provocar a interrupção da produção de alimentos. Segundo as Nações Unidas, o aquecimento global causará mais secas, incêndios florestais, ondas de calor, inundações, deslizamentos de terra e aumento do nível do mar --todas ocorrências são uma ameaça para uma população que deve sair dos 6,8 bilhões para 9 bilhões de pessoas até 2050.

Mais de 1.750 pessoas morreram no Paquistão em decorrência das inundações que atingiram o país em agosto

Os efeitos pós desastres naturais frequentemente são os piores, em termos de mortes adicionais. "Mortes em condições extremas de clima, como aconteceu neste ano nas inundações do Paquistão, são um alerta de que precisamos rever os esforços para manter a mudança climática sob controle", diz o diretor da London School of Hygiene and Tropical Medicine, Andrew Haines.

Mais de 1.750 pessoas morreram nas inundações do Paquistão, e outras milhares correm riscos devido a doenças. Ao menos 54 morreram nos incêndios na Rússia, em julho e agosto, que levaram ao aumento do preço de grãos --ameaçando os pobres com a má nutrição.

"Há um crescimento da taxa de mortalidade por causas indiretas. As pessoas estão mais pobres, e a mortalidade infantil que não é normal aumenta", completa Haines. "Deve haver significativas mortes que são subestimadas", diz ele. "A mudança climática poderia ser acrescentada aos prejuízos posteriormente provocados por desastres naturais."

As melhorias em alertas sobre ciclones e ondas de calor, assim como no índice da pobreza, em países em desenvolvimento, tornaram essas nações mais preparadas para condições extremas do tempo, o que colabora para frear o número de mortes.

"Estamos indo bem em termos de salvar de pessoas", diz o especialista sênior da Organização Mundial da Saúde (WHO, na sigla em inglês) das Nações Unidas, Diarmid Campbell-Lendrum. "Mas não há garantias futuras, já que vemos o perigo aumentando, principalmente como o calor [em regiões] onde não estamos bem preparados', disse à Reuters.

"A mudança climática apenas acrescenta outro motivo ao por que devemos controlar a malária, a diarreia, e a lidar com o problema da má nutrição", diz. "Esses são os grandes desafios."

NÚMEROS SUBESTIMADOS

A Organização Mundial da Saúde vai divulgar uma pesquisa, no ano que vem, para atualizar os dados de um estudo de 2003, que estima que 150 mil pessoas morreriam a cada ano por causa do aquecimento global --a maioria por má nutrição, diarreia e malária. Esses números devem dobrar até 2030, mas o diretor do órgão evita anunciar os novos números.

"A resposta, a curto prazo, é de prevenção a desastres para ajudar a salvar vidas", diz Achim Steiner, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que cita o exemplo de sucesso em Bangladesh e Cuba no controle de mortes provocadas por tempestades em décadas recentes.

Em Bangladesh, por exemplo, um alerta inicial e abrigos ajudaram. O ciclone Bhola matou 300 mil pessoas em 1970, enquanto outro ciclone de 1991 matou 139 mil, segundo o banco de dados EM-DAT, com sede na Bélgica. Já em 2007, o ciclone Sidr registrou 3.500 mortes fatais.

Com investimentos de prevenção contra inundações no Paquistão, ou melhores informações sobre como lidar com as ondas de calor, Steiner completa, as soluções de longo prazo deveriam ser o corte na emissão de gases do efeito estufa, principalmente os originados pela queima de combustíveis fósseis.

"O ponto fundamental da mudança climática será levar o mundo a investir no gerenciamento do desastre ou no desenvolvimento", Steiner diz à Reuters. "Esta é a opção desta geração."

Campbell-Lendrum diz que o estudo de 2003 da Organização Mundial da Saúde pode ter subestimado o impacto de inundações como as que ocorreram no Paquistão e as ondas de calor na Rússia (mais de 70 mil pessoas morreram na Europa em 2003 em decorrência das ondas de calor).

Ele diz que a mudança climática era um argumento de apoio para serviços básicos de saúde em nações pobres, onde 830 milhões de pessoas sofrem de subnutrição e estão em risco maior.

Outros estudos ligaram o aquecimento com a disseminação de carrapatos e encefalite no noroeste da Europa. Um deles sugeriu maiores taxas de suicídio entre fazendeiros australianos durante as secas, segundo um painel sobre o clima das Nações Unidas. A mudança climática, porém, tem efeitos negativos e positivos --mais pessoas estão ameaçadas pelas ondas de calor, por exemplo, mas idosos também sobrevivem melhor com invernos mais amenos.

Os dados da EM-DAT mostram que mortes provocadas por desastres naturais têm diminuído de, aproximadamente, 500 mil pessoas por ano, um século atrás, para menos de 50 mil em anos mais recentes -os números incluem desastres não relacionados à mudança climática como os tsunamis e as erupções vulcânicas; o pior em anos recentes é o de 2004, com o tsunami do oceano Índico.
Fonte: Reuters

21 de ago. de 2010

Maioria dos americanos tem noções erradas sobre economia energética. E você?

Qual é a maneira mais eficiente de reduzir a pegada ecológica de sua casa: desligar luzes e eletrodomésticos quando não os estiver usando ou passar a usar aparelhos energeticamente mais eficientes?

Especialistas dizem que a segunda alternativa terá um impacto bem maior nas emissões de gases-estufa de sua residência, mas estudos publicados na edição dessa semana da revista "PNAS" sugere que poucos sabem disso.

Shahzeen Attari, do Centro de Pesquisas sobre Decisões Ambientais da Universidade de Columbia, em Nova York, e sua equipe perguntaram a voluntários o que eles consideravam como a melhor maneira de cortar suas emissões de CO2.

Mais da metade dos 505 indivíduos que participaram da pesquisa escolheram ações como "desligar as luzes e aparelhos eletrônicos" ou "dirigir menos", enquanto 12% mencionaram métodos mais eficientes, como "mudar lâmpadas incandescentes por fluorescentes" ou "usar eletrodomésticos ou carros mais eficientes".

ERROS COMUNS

Muitas pessoas acreditam, por exemplo, que secar roupas no varal em vez de usar uma secadora automática economiza mais energia que mudar a configuração da máquina de lavar para usar água menos quente, embora o oposto seja verdadeiro.

Outros exemplos de confusão incluem a crença de que a quantidade de energia usada para transportar produtos em caminhões é mais ou menos a mesma que a energia usada para transportar produtos por trem. Na verdade, caminhões consomem dez vezes mais energia por carga transportada que trens.

"As pessoas têm uma boa ideia de quanta energia aparelhos pequenos consomem", diz Attari. "Mas para grandes equipamentos, as pessoas subestimam muito a quantidade de energia utilizada."

Os voluntários subestimaram por um fator de três a energia consumida por equipamentos. Quando perguntados para comparar aparelhos que têm um consumo moderado de energia, os voluntários corretamente disseram que desktops consomem mais que laptops, mas eles subestimaram a diferença.

Com residências sendo responsáveis por cerca de um terço do consumo de energia nos EUA - e de emissões de CO2 quando viagens pessoais são computadas - as decisões que indivíduos fazem podem ter um grande impacto.

Pesquisa publicada no ano passado por Thomas Dietz, da Universidade Estadual de Michigan, in East Lansing, e sua equipe sugere que mudanças comportamentais do tipo citado acima poderia reduzir em 20% as emissões de CO2 em residências, resultando numa queda geral de 7% nas emissões do país.

Esforços para encorajar as pessoas a reduzir seu consumo de energia deveriam enfatizar maneiras de fazê-lo de maneira efetiva, diz Attari.

11 de ago. de 2010

Eletrônicos lotam oficinas à espera de reparo

Alto custo das peças de reposição, em especial de TVs de plasma e LCD, é principal problema

Entulho. Dono de oficina, Mensório precisou alugar uma sala só para guardar os produtors abandonados pelos clientes


O recente boom do consumo de televisores de tela plana, celulares e computadores está levando a um problema ambiental ainda sem solução - o lixo eletrônico decorrente da rápida obsolescência dos equipamentos e do alto custo das peças de reposição.

Hoje 20% dos equipamentos vendidos no País que apresentam algum defeito caem num impasse: o conserto demora muito ou fica caro demais, incentivando o consumidor a adquirir um novo produto. O resultado são cerca de 2 milhões de equipamentos parados nas oficinas, esperando destinação correta.

Os números constam de uma estimativa realizada pela Abrasa, entidade que representa as empresas de assistência técnica autorizada de eletroeletrônicos no Brasil. E o problema tende a aumentar. "Até 2015, um terço dos equipamentos vendidos no País serão sucateados. Será inviável consertá-los por uma questão de custo", diz Norberto Mensório, presidente da Abrasa.

Monitores de computador e telas de TVs de plasma, LED ou LCD estão entre os itens cujo conserto é mais dispendioso - varia de R$ 800 a até R$ 5 mil.

Além da atualização tecnológica da indústria, que estimula a substituição dos equipamentos, Mensório aponta que o reparo dos equipamentos esbarra em uma questão tributária, que encarece o preço final das peças de reposição. Os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus recebem isenção de impostos como IPI, ICMS e Imposto de Importação, mas as peças de reposição são tributadas integralmente. "O aparelho desmontado custa de quatro a oito vezes o valor do produto montado. É uma falha na legislação que traz como consequência o agravamento do problema do lixo eletrônico."

Dono de uma empresa de assistência técnica na zona leste de São Paulo, Mensório convive de perto com o abandono dos equipamentos cujo conserto se tornou inviável. Ele precisou alugar uma sala extra para comportar os equipamentos deixados lá pelos clientes. Na oficina, as TVs de tubo ainda representam metade dos consertos, mas as de tela plana começam a avançar.

Para enviar os equipamentos à reciclagem, Mensório e os donos das mais de 20 mil oficinas de assistência técnica em todo o País esbarram em outra questão: o direito de propriedade sobre os produtos. "É preciso autorização dos donos para nos desfazermos dos itens", diz. Ele espera que a lei nacional de resíduos sólidos, sancionada na semana passada, ajude a desburocratizar a destinação dos equipamentos ao fim de sua vida útil.

Obsolescência. O psicólogo Eber Fernandes de Matos, de Ribeirão Preto (SP), já tentou consertar televisão, home theater e uma impressora. Em todos os casos, o valor do conserto ficava entre 60% e 80% do preço de um produto novo e a espera seria de semanas. "O problema é a curta durabilidade dos produtos e, entre pagar caro para ter o mesmo e pagar para ter um novo, fico com a segunda opção", diz Matos. Ele avalia que o impacto ambiental da rápida substituição dos produtos deveria ser encarado pela indústria. "Ou o descartável vira biodegradável ou reaproveitável ou se investe num produto de maior longevidade, em que se possa fazer atualizações."

A chamada obsolescência programada, que é a estratégia utilizada pela indústria para garantir o consumo constante - os produtos deixam de funcionar após um período de tempo, tendo de ser substituídos por mais modernos - está na raiz do problema. "A grande questão é que a indústria gera toda a sua receita a partir da venda de novos produtos e vê a assistência técnica apenas como um custo", diz Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu, que incentiva o consumo consciente.

No longo prazo, no entanto, Mattar acredita que a tendência mudará. "O custo das matérias-primas deverá subir, por causa da escassez de recursos naturais que já começa a ocorrer. A indústria terá de se adaptar e oferecer mais serviços que produtos."


Vendas em crescimento

11,5 milhões de aparelhos de TV devem ser vendidos no Brasil em 2010,
Destes, até 60% devem ser de plasma, LCD ou LED

19,7% a mais em relação a 2009


CRONOLOGIA DOS BENS DE CONSUMO

Década de 1930
Após a crise de 1929, governo americano passa a adotar medidas de estímulo ao consumo.

1950
No pós-guerra, EUA exportam seu "estilo de vida" e bens duráveis se popularizam.

Hoje
Globalização leva à massificação de produtos.

Fonte: Estadão

Milionário oferece US$ 900 mil para proposta de controle populacional

Com uma pasta cheia de dinheiro e cercado por beldades loiras, o empresário australiano Dick Smith anunciou nesta quarta (11) o lançamento do Prêmio Wilberforce, uma bolada de um milhão de dólares australianos (US$ 900 mil ou R$ 1,6 milhão) para quem sugerir a melhor ideia para controlar o crescimento populacional desenfreado no globo.

Segundo Smith, um dos empresários mais conhecidos da Austrália, os recursos limitados da Terra não suportariam a atual taxa de crescimento. Para ele, a questão populacional é uma das mais importantes da atualidade.

O vencedor do prêmio, alguém com menos de 30 anos, deverá impressionar Dick com sua "habilidade em comunicar uma alternativa para nossa economia obcecada com crescimento da população e do consumo".

O prêmio será anunciado no ano que vem. Durante esse período, Smith irá acompanhar na mídia o indivíduo com as ideias mais destacadas na área. Como no caso do Nobel, não é preciso se inscrever para o Prêmio Wilberforce.

10 de ago. de 2010

ONU quer lutar contra a pobreza, preservando meio ambiente


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira (8) a criação de um comitê de alto nível encarregado de elaborar um plano de ação para combater a pobreza garantindo um meio ambiente sustentável.

Este grupo, sob a direção conjunta dos presidentes da Finlândia, Tarja Halonen, e da África do Sul, Jacob Zuma, estudará como "tirar as populações da pobreza, respeitando e preservando o clima e os ecossitemas que nos dão a vida", declarou Ban em uma coletiva de imprensa.

A equipe deve "ser ambiciosa e propor respostas práticas aos desafios institucionais e financeiros da execução desse plano", completou.

A equipe deve apresentar seu relatório no fim de 2011, a tempo de ser utilizado na Conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável, prevista para 2012 no Rio de Janeiro.
Fonte: France Presse

Fundação O Boticário irá doar R$ 500 mil para projetos de conservação


A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza anunciou nesta terça (10) que irá financiar a partir de agosto 19 projetos de conservação da biodiversidade. Ao todo, a organização deve doar R$ 500 mil aos projetos, que podem variar de um a dois anos.

Os projetos foram selecionados de uma lista com 168 propostas inscritas no edital do primeiro semestre do ano e serão desenvolvidos em 14 estados brasileiros. Eles contemplam o ambiente marinho e três dos seis biomas brasileiros (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga).

A fundação também recebe até o dia 31 de agosto inscrições para novos projetos. Os projetos aprovados neste novo edital começarão a receber as doações a partir de janeiro de 2011. Podem concorrer projetos de organizações não-governamentais ou fundações ligadas a universidades que contribuam para a conservação da natureza no Brasil. As inscrições devem ser feitas no site da Fundação O Boticário.

Os projetos devem estar enquadrados nas linhas temáticas definidas pela organização, como ações e pesquisa para a conservação de espécies e comunidades silvestres em ecossistemas naturais ou ações para a restauração de ecossistemas naturais.

A Fundação O Boticário é uma das principais financiadoras de projetos em conservação da natureza no Brasil. Em 20 anos de atuação, já doou mais de U$ 9,2 milhões (R$ 16 milhões) para 1.218 projetos de quase 400 instituições em todo o Brasil.

28 de jul. de 2010

Show de solidariedade

Show de solidariedade
Jorge Vercillo faz show beneficente em parceria com a Visão Mundial

Dia 30 de julho, sexta-feira, o cantor Jorge Vercillo e a Visão Mundial realizam um show beneficente em prol das crianças vítimas das enchentes em Pernambuco e Alagoas. Todo o dinheiro arrecadado será revertido para a construção de Espaços Amigáveis nas cidades pernambucanas de Água Preta, Barreiros e Palmares, além de Santana do Mundaú, em Alagoas, todas elas fortemente atingidas pelas últimas chuvas na região.

Unidade de Espaços Amigáveis para Crianças (UEACs)

Os Espaços Amigáveis são estruturas organizadas para apoiar crianças vítimas de catástrofes naturais, um conceito desenvolvido pela Visão Mundial, atualmente em prática no Chile prestando auxílio a crianças vítimas do terremoto ocorrido no início deste ano naquele país. Nos Espaços Amigáveis as crianças são envolvidas em atividades lúdicas e entretidas por profissionais multidisciplinares, como psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e enfermeiros, de forma a se trabalhar o stress pós-traumático. Para Emídio Bastos, gerente de assuntos humanitários e Emergência da Visão Mundial, os Espaços Amigáveis são um oásis emocional no meio do caos: "por meio de um processo de resiliência, tentamos trazer as crianças para o mais perto possível da normalidade. Incentivamos o cuidado mútuo e a criação de uma rede de proteção à infância, aproximando os pais e todos aqueles que cuidam das crianças." Nos Espaços Amigáveis as crianças são estimuladas a expressar suas emoções e a reconstruir a sua percepção positiva da vida frente ao trauma despertado por um impacto tão devastador.

Ao todo serão construídos 12 Espaços Amigáveis, cada um deles com capacidade para atender 100 crianças diariamente.

Jorge Vercillo - Voz e violão

Jorge Vercillo, que apoia as causas da Visão Mundial desde 2002, além de apadrinhar crianças pela organização, contatou a Visão Mundial para oferecer esta apresentação com o propósito de arrecadar fundos em prol das vítimas das enchentes. Neste show, Jorge Vercillo cantará seus grandes sucessos em Voz e Violão.

Seja solidário você também, prestigie!

Sobre a Visão Mundial

A Visão Mundial é uma organização não-governamental humanitária e cristã, brasileira, de desenvolvimento, promoção de justiça e assistência que, combatendo as causas da pobreza, trabalha com crianças, famílias e comunidades a fim de que alcancem seu potencial pleno. Integra a parceria da World Vision International, que atua em quase 100 países. Dedica-se a trabalhar lado a lado com as populações mais vulneráveis e a servir todas as pessoas, sem distinção de religião, raça, etnia ou gênero.

Serviço

Preço do ingresso: R$ 15,00 (individual/cadeira); R$ 250 (camarote para 10 pessoas)
Dia: 30/07 (sexta-feira)
Hora: 21h
Local: Clube Português do Recife – Av. Conselheiro Rosa e Silva, 172 – Aflitos, Recife - PE
Ingressos antecipados a partir do dia 21 pelo site http://www.visaomundial.org.br/jorgevercillo.
A partir do dia 26 (segunda-feira), também em todas as Lojas Boticário dos Shoppings de Recife e Jaboatão. Venda de Camarotes só nas lojas Boticário. Compras no Boticário só com dinheiro.

Não moro no Recife. Posso ajudar?
Sim. Você pode fazer uma doação diretamente no site, através do endereço http://www.visaomundial.org.br/jorgevercillo/

Mais informações
Juliana Coimbra: (81) 3081 5638 – 9722 1666 | juliana_coimbra2@wvi.org
Sandra Leite: (11) 7027 7506 | sandra_leite@wvi.org
www.visaomundial.org.br
www.visaomundial.org.br/jorgevercillo/

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12 de jul. de 2010

Fotógrafo registra banhistas com óleo para criticar vazamento no Golfo do México


O fotógrafo americano Jane Fulton Alt divulgou em seu blog imagens de banhistas com óleo espalhado pelo corpo para chamar a atenção para o vazamento de petróleo no Golfo do México.

A série chamada "Crude Awakening" foi realizada na região do lago Michigan, em Chicago (EUA), e não usou óleo do derramamento.

Clique aqui e veja o vídeo.

A British Petroleum (BP) já gastou mais de US$ 3,1 bilhões depois que a plataforma Deepwater Horizon explodiu em abril. O volume de petróleo vazando pode ser de até 60 mil barris por dia segundo peritos do governo.

O presidente Barack Obama, disse que esse é o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.

10 de jul. de 2010

Em evento, Lula "ensina" como conter vazamento no golfo do México


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje de manhã que se um vazamento de petróleo semelhante ao ocorrido no golfo do México, sob responsabilidade da British Petroleum (BP), tivesse ocorrido no Brasil, o país seria alvo de "um escândalo" na imprensa estrangeira. A afirmação foi feita durante o 10º Challenge Bibendum, evento que discute mobilidade sustentável no Rio de Janeiro.

"Eu acho engraçado como a imprensa faz. Imagina se fosse a Petrobras. Imagina se fosse na Baía de Guanabara, o escândalo que ia ser feito contra nós", disse.

O presidente disse ainda saber o que deve ser feito para conter o vazamento no golfo do México.

"Você sabe, tem que chegar uma nova sonda. Tem que fazer um novo poço para poder implodir aquele. E tem que ser tamponado para parar de sair petróleo", ensinou o presidente.

Lula também atribuiu às mudanças climáticas do planeta o vazamento do golfo do México e a erupção do vulcão na Islândia, que causou um caos aéreo na Europa.

"O mundo está começando a ficar preocupado com o que está acontecendo no planeta Terra. Tem chovido demais onde não chovia. Tem seca demais onde chovia demais. O mar está subindo. As intempéries estão aí. É fumaça negra para lá, que faz com que os aviões na Europa parem de voar. É o petróleo nos EUA fazendo o maior processo de poluição que se tem conhecimento", afirmou.

Fonte: Folha de São Paulo

29 de jun. de 2010

Isto me deixa louco de raiva !!!

Nós apoiamos esta campanha, pois consideramos inaceitável que quase 1 bilhão de pessoas vivam em condições de fome crônica. Através das Nações Unidas fazemos um chamamento aos governos para que dêem a máxima prioridade na eliminação da fome até cumprir esta meta.

Clique aqui e assine agora!!!

10 de abr. de 2010

Motorista Inteligente - Vale a pena conferir


Você gosta de Formula 1? Gosta de dirigir? É apenas um motorista por ocasião? Não é motorista mas gostaria de saber como estas máquinas poluem e o que precisamos fazer para reduzir esta poluição.

Lucas de Grassi (Piloto de Virgin Racing na F1) criou uma ONG para conscientizar a todos aos motoristas sobre como dirigir de forma mais eficiente seu carro.

O link do site é www.motoristainteligente.org. Colocaremos alguns posts retirados deste. São batante interessantes, vale a pena conferir.

2 de abr. de 2010

26 de mar. de 2010

O mundo desliga suas luzes na Hora do Planeta

Imagine Paris sem a iluminação da Torre Eiffel e o Portão de Brandenburgo, em Berlim, totalmente no escuro. Ainda pense na esfinge e as pirâmides do Cairo; a Fontana di Trevi, em Roma; a ponte Golden Gate em São Francisco; a Catedral de Lima; a estátua de Alexandre O Grande, na Grécia; a Cidade Proibida, em Beijing; o Forte Vermelho, na Índia e o segundo maior prédio do mundo, Taipei 101, em Taiwan, todos apagados.

Pois no dia 27 de março, é isso que vai acontecer: o cenário das cidades ao redor do mundo será bem diferente do que o usual. Das 20h30 às 21h30, 2.383 cidades em 117 países participarão da Hora do Planeta 2010 e irão desligar as luzes de seus monumentos mais conhecidos e maiores construções para mostrar a preocupação com as mudanças climáticas e a degradação ambiental. No total, serão 812 ícones sem luz.

As três cidades situadas mais ao norte no globo, Murmank (Russia), Hammerfest (Noruega) e NuuK (Groelândia), e as três mais ao sul, Hobart (Austrália), Ushuaia (Argentina) e Queenstown, na Nova Zelândia, também estão engajadas na Hora do Planeta 2010 e levarão o movimento literalmente de norte a sul da Terra. E vai ser inclusive na Nova Zelândia que o movimento global irá começar. Pelo fuso horário, as Ilhas Chatham serão o primeiro local a apagar suas luzes.

No Brasil, até o momento, 145 monumentos e locais públicos serão apagados. A falta de iluminação no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; na Ponte Estaiada, em São Paulo; no Palácio de Cristal, em Curitiba; no Palácio Dante Martins de Oliveira, em Cuiabá; no Palácio Rio Branco, em Rio Branco; no Arco da Praça Portugal, em Fortaleza; passarão aos brasileiros o recado da necessidade de conter o desmatamento e proteger os ecossistemas terrestres e aquáticos e a biodiversidade do nosso país.

A cinco dias da noite do evento, a Hora do Planeta no Brasil, que é liderada pelo WWF-Brasil, tem o apoio de 42 cidades - das quais 11 são capitais e representam todas as regiões -, de dois governos estaduais - Acre e Minas Gerais -, de 1.328 empresas e 226 organizações, além dos patrocinadores Coca-Cola Brasil, TIM, Walmart e HSBC. A construtora Rossi também está financiando a iniciativa.

Realizada pela primeira vez em 2007, em Sidney, na Austrália, a Hora do Planeta 2010 superou todos os recordes de adesões dos anos anteriores e tem se espalhado ainda mais pelo mundo. 33 países, entre eles o Nepal, Mongólia, Arábia Saudita, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Marrocos, participam pela primeira vez e levam a mensagem de preservação do planeta a novas regiões.
Fonte: WWF Brasil

21 de mar. de 2010

Saiba como participar da hora do planeta

Existem diversas formas de participação. A primeira delas é se cadastrar. Clique aqui e informe os dados necessários. É bem rápido. O cadastro dos participantes é a principal maneira que temos de avaliar quantas pessoas apagaram as luzes. Os participantes brasileiros serão somados com os de outros países, formando uma grande corrente pelo futuro do planeta. Os nomes das empresas cadastradas vão aparecer na página Quem Já aderiu. Clique aqui e veja a lista de quem já aderiu.O próximo passo é espalhar a mensagem da Hora do Planeta para o maior número possível de pessoas. Convide familiares, amigos, colegas e membros da sua comunidade para participarem também.

Se você utiliza as mídias sociais, como Orkut, Twitter, Youtube e Facebook, use essas ferramentas para falar com os seus amigos. Publique as notícias sobre a Hora do Planeta produzidas pelo WWF-Brasil. Dê o link para vídeos e fotos sobre o movimento postados na internet.

Saiba o que acontece no mundo inteiro na Hora do Planeta. Clique aqui ou acesse www.earthhour.org.

27 de março de 2010: Mais um dia para ficar na história


No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.

A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização. Clique aqui e veja a lista de quem já aderiu.

Em 2010, com a sua participação, vamos fazer uma Hora do Planeta ainda mais fantástica!

15 de mar. de 2010

Carrefour eliminará sacola plástica até 2014


A rede Carrefour Brasil anunciou oficialmente hoje a intenção de eliminar até 2014, de forma gradual, o uso de sacolas plásticas tradicionais em suas lojas. Uma loja em Piracicaba, no interior de São Paulo, foi a primeira do Carrefour a aderir à iniciativa. Segundo a empresa, para estimular a troca das embalagens tradicionais na unidade de Piracicaba, serão distribuídas gratuitamente até o final deste mês sacolas retornáveis

O Carrefour informou ainda que colocará à venda nas lojas outras opções de embalagens sustentáveis. Entre elas, a rede destaca uma sacola 100% biodegradável, desenvolvida em parceria com a Basf, produzida com base em uma resina especial derivada do milho, que pode se decompor em até 180 dias. Outras alternativas serão as sacolas retornáveis, com preços entre R$ 1,90 e R$ 15 00, além do oferecimento de caixas de papelão aos clientes da rede

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo de sacolas plásticas tradicionais chega a 12 bilhões de unidades por ano. Em média, cada brasileiro utiliza em torno de 66 sacolas por mês. As embalagens tradicionais podem demorar até 400 anos para se decompor

A ação do Carrefour de eliminação da utilização de sacolas plásticas tradicionais é realizada também na França, na China e na Polônia

5 de mar. de 2010

Em Washington, lei veta oferta de sacolas gratuitas

Desde janeiro, entrou em vigor em Washington uma lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio. Quem não leva sua própria bolsa pode carregar os itens na mão ou pagar US$ 0,05 por sacola.

A lei não se restringe a supermercados e inclui também livrarias, lojas de roupas e de presentes. A expectativa dos grupos ambientalistas é que ela se torne uma referência para os Estados americanos. Esse tipo de lei é a primeira no país, embora San Francisco já tenha proibido as sacolas plásticas.

Dados da Agência de Proteção Ambiental dos EUA apontam para um volume de plástico desperdiçado em 2008 de 3,96 milhões, entre bolsas, sacolas e embrulhos. Menos de 1% desse total foi reciclado.

Grandes redes de varejo nos EUA, como CVS e Target, já começaram a premiar com dinheiro ou créditos a iniciativa de consumidores que carregam suas próprias sacolas reutilizáveis.

Em Nova York, a legislação exige que os varejistas que distribuem gratuitamente sacolas plásticas façam a reciclagem do material.

Algumas redes no Estado já cobram pelo uso das sacolas. Em qualquer supermercado de médio porte de Nova York, ao lado do caixa, existem sacolas reutilizáveis disponíveis para venda.

Em Seattle, recentemente o uso de sacolas de papel e de plástico passou a ser desencorajado, com a cobrança de US$ 0,20 por sacola.

Consideradas um símbolo do desperdício no consumo, as sacolas plásticas têm sido culpadas pela poluição nos oceanos e emissão de carbono.

A onda de criação de taxas de cobrança pelo uso vem se espalhando em algumas cidades do país desde 2007. O assunto já foi discutido em Estados como Connecticut, Maryland, Massachusetts, Texas e Virgínia.

Fonte: Folha de São Paulo

3 de fev. de 2010

Locais para descarte de pilhas e baterias

Sempre ouvimos e lemos que não devemos jogar as pilhas e baterias no lixo comum. Ao mesmo tempo ficamos sem saber onde jogá-las, por falta de locais próprios e a má divulgação dos mesmos.

Com o objetivo de melhorar a divulgação, abrimos estes post para compilar as dicas de todos os que quiserem cooperar, divulgando os locais que conhecem para descarte de tais materiais.

Locais já recebidos:

- Brasilia (DF):
  • Em Brasília a agência do Banco Real que fica no DNIT participa do programa "de Reciclagem de Pilhas e Baterias". (Anônimo)
- Campina Grande (PB):
  • As agências do Banco Real em Campina Grande-PB participam do programa. (Ester)

- Campinas e Rio Claro (SP):
  • No aeroporto de Viracopos em Campinas tem um papa-pilhas e baterias. Em Rio Claro-SP deposito no papa-pilhas do Banco Santander, agência do centro. (Joyce)

- Fortaleza (CE):

  • Em Fortaleza na Loja IBYTE no North Shopping eles tem uma caixinha para coleta.Gostei da idéia! (Lucas Thiago)

- João Pessoa (PB):
  • É possível descartar pilhas e baterias em João Pessoa (PB) na sede da Dental Gold, na avenida Rui Carneiro, sentido praia-Centro. (Karoline Zilah)
  • Na faculdade Iesp e nas Agências do Banco Real tem pontos de coleta para pilhas e baterias. (Laylson)
- Porto Alegre (RS):
  • Em Porto Alegre, no Campus Central da UFRGS. No prédio anexo da Reitoria. (Thaís Aragão)
  • Porto Alegre - Tem "papapilhas" nas agências do Banco Real e na rede Nacional (Wall Mart)!! (Anônimo)
- Recife (PE):
  • Foi montado um quiosque no segundo jardim da Avenida Boa Viagem onde são coletados vários materiais, dentre eles, pilhas e baterias.
- São José dos Campos (SP):
  • Em São José dos Campos, a entrega pode ser feita no Wall Mart (Av. Andrômeda,227, Jardim Satélite) e no CenterVale (Av. Benedito Matarazzo, 9403). Quando lembrar de mais locais posto aqui! Parabéns pela iniciativa! (Daniela Oliveira)

- São Paulo (SP):
  • Segue dica de outro ponto de descarte em São Paulo: Parque Lina e Paulo Raia - Rua Volkswagem s/n das 7h às 18h- estação Conceição do metrô. A administração aceita pilhas, baterias e celulares. Aproveitem também a infra-estrutura oferecida (algo raro!) e façam 1 piquenique. (Ulzana)

- Geral:

  • O Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias, Papa-Pilhas, existe em várias agências pelo país. Em João Pessoa, na agência do Mercado de Artesanato eu já vi um posto de coleta! Fica a dica. Mais informações: clique aqui (Alice)

Mande você também um local em sua cidade. Basta colocar um comentário a este post que incluiremos no texto principal.

Grupo britânico oculta erros em dados sobre aquecimento, diz jornal

Pesquisadores da Universidade de East Anglia (Reino Unido), um dos centros acadêmicos de maior prestígio em mudança climática, teriam ocultado erros na compilação de dados que foram fundamentais para consolidar a teoria da influência humana no aquecimento global.

Foi o que informou na terça-feira (2) o jornal britânico "The Guardian", que leva novamente ao centro da polêmica o professor Phil Jones, o responsável da Unidade de Mudança Climática (CRU) da citada Universidade, em torno da que se gerou o chamado Climagate às vésperas da cúpula de Copenhague, realizada em dezembro do ano passado.
Schalk van Zuydam -17.nov.09/AP
Pesquisadores da Universidade de East Anglia (Reino Unido) ocultaram erros na compilação de dados sobre clima, diz jornal

O roubo de uma série de e-mails a Jones revelou, segundo os céticos sobre a mudança climática, que foram ocultadas informações ao Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) para não criar dúvidas sobre o efeito do dióxido de carbono (CO2) na temperatura do planeta.

O que "The Guardian" acrescenta agora é que milhares de e-mails e documentos da Universidade que também foram pirateados demonstram que uma série de medições de temperaturas feitas em estações meteorológicas na China continha graves erros que foram ocultados de maneira intencional.

Segundo essa informação, Jones não divulgou os erros cometidos por alguns de seus colaboradores, o professor Wei-Chyung Wang, da Universidade de Albany (Estados Unidos), apesar de outros colegas terem lhe advertido que tinham se equivocado.

Essas supostas tentativas de ocultar erros nos dados sobre temperatura na China demonstram, segundo o jornal britânico, a relação entre o Climagate e o IPCC, já que um estudo baseado nessas medições equivocadas contribuiu para que o IPCC advertisse sobre os perigos imediatos da mudança climática.

Histórico

A informação chega em um momento delicado para o IPCC, acusado também recentemente de não ter comprovado com o devido rigor os dados de uma pesquisa que previa que todas geleiras da cordilheira do Himalaia derreteriam até 2035.

O jornal afirma que a Universidade de East Anglia rejeitou sistematicamente os pedidos de divulgar os documentos elaborados pela Unidade de Mudança Climática, dirigida por Jones até dezembro.

Os dados em questão são uma série histórica obtida em estações meteorológicas na China sobre as variações de temperatura no último meio século. Eles apareceram pela primeira vez publicados na revista científica "Nature" e foram utilizados pelo IPCC como um dos elementos-chave de sua hipótese.

A metade das estações estava situada em zonas rurais e a outra metade em zonas urbanas. A conclusão do estudo publicado em 1990 foi que o aumento das temperaturas registrado na China era consequência de um fenômeno global de mudança climática e não do aquecimento produzido pelas cidades.

O IPCC se baseou nestes dados para concluir, em seu relatório de 2007, que a influência das grandes aglomerações urbanas no aumento da temperatura da atmosfera é pequena.

O que revelam também os e-mails aos quais o "The Guardian" teve acesso é que o ex-diretor da Unidade de Mudança Climática da Universidade de East Anglia, Tom Wigley, pôs sérias dúvidas sobre o fundamento científico do estudo --divisor de águas nas pesquisas sobre mudança climática.

Em uma das mensagens enviadas naquela época, Wigley perguntava a Jones: "Você confia plenamente em W-CW [Wang]. Por que, por que e por que não disse a ele no início [que houve erros no processo de registrar as mudanças de temperatura]?".

O ministro do Meio Ambiente britânico, Ed Miliband, comentou sobre a polêmica neste domingo em declarações a "The Observer". Ele alertou contra os 'cantos da sereia' que negam que a mudança climática seja uma realidade.

"Acho um erro que, quando se comete um equívoco, este seja aproveitado de algum modo para impedir uma evidência arrasadora", disse o ministro.

11 de jan. de 2010

Com 150 espécies extintas todo dia, 2010 discute biodiversidade


Apesar de 2010 ser o Ano Internacional da Biodiversidade, não há muito o que comemorar. Pesquisadores estimam que 150 espécies sejam extintas todos os dias no mundo.

Segundo o secretário da Convenção sobre a Diversidade Biológica da ONU, Oliver Hillel, o lançamento das atividades pelas Nações Unidas neste domingo (10), em Berlim, na Alemanha, e no Brasil, também na última semana, em Curitiba, servem para colocar o tema no foco das discussões.

Ele reforça que, junto com a questão das mudanças climáticas, a perda da biodiversidade é o maior desafio para a humanidade atualmente. Por isso, durante este ano, serão promovidas atividades em todo o mundo para conscientizar a população.

"Estamos perdendo essa biodiversidade a uma taxa mil vezes maior do que a taxa normal na história da terra", diz Hillel. "Então, de acordo com as previsões dos cientistas, até 2030 poderemos estar com 75% das espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção. Hoje esse número é de 36%."

Poucos objetivos cumpridos

Hillel faz um alerta sobre a estimativa de que 150 espécies sejam extintas todos os dias no mundo. E lembra que, dos objetivos traçados por vários países em 2002, durante o lançamento da Convenção da Biodiversidade, poucos foram cumpridos.

"Um que foi cumprido e é bom, porque nos encoraja, é a proteção legal em unidades de conservação de 10% dos ecossistemas da terra. O Brasil, por exemplo, é um líder", ressalta ele, explicando que o país estaria com 16% da terra em categorias de proteção, nas três esferas do governo. O mundo inteiro, em termos de ambiente terrestre, estaria com por volta de 12%.

O diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, afirma que, no Brasil, um calendário de eventos deverá ser divulgado nesta semana pelo ministério para debater o tema.

"É importante neste ano ampliar a discussão com a sociedade pra refletir sobre a importância da biodiversidade", salienta o diretor.

Fonte:
Folha de São Paulo